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quarta-feira, 5 de maio de 2010

PTI sedia Conferência Estadual de Economia Solidária


O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) sedia, nesta quarta e quinta-feiras, a 2ª Conferência Estadual de Economia Solidária.

Organizada pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, pela Itaipu Binacional e pelo Fórum Paranaense de Economia Solidária, a conferência tem como tema “Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável”.

O evento, que tem como principal objetivo fortalecer a economia solidária como estratégia de desenvolvimento sustentável, será aberto pelo governador Orlando Pessuti. Participam, ainda, o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Miguel Samek, o secretário de Estado do Trabalho, Tércio Albuquerque, o prefeito de Foz, Paulo Mac Donald Ghisi, e o coordenador geral da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Jorge Luiz Nascimento, entre outras autoridades.

A mesma solenidade vai marcar a abertura do Seminário do Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda, promovido pela Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, que ocorre também até sexta-feira no Hotel Carimã, na Avenida das Cataratas.

De acordo com o diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, as diretrizes aprovadas na conferência em Foz do Iguaçu serão levadas para a Conferência Nacional de Economia Solidária, em Brasília, nos dias 16, 17 e 18 de junho. Também serão eleitos os 355 delegados paranaenses que participarão da etapa nacional, entre gestores e administradores públicos, na proporção de 25%; organizações da sociedade civil (25%); e trabalhadores dos empreendimentos de economia solidária (50%).

Nelton Friedrich observa que o desenvolvimento do conceito de economia solidária está diretamente ligado ao processo de redemocratização do país, com o estímulo ao envolvimento da sociedade na tomada de decisões das políticas públicas. Esse perfil foi delineado na Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, que previu a participação direta do cidadão, e ganhou força a partir de 2002. Além da economia solidária, muitos outros setores passaram a organizar conferências nacionais, como os da saúde, meio ambiente e justiça.

“A riqueza da economia solidária é que ela muito mais horizontal. Ela oferece muito mais oportunidades e por isso é mais sólida. Eu sempre cito um exemplo: um grande grupo, quando vai mal, cria um terremoto na região, um estrago de décadas, às vezes. Já quando uma pequena empresa vai mal, é um espirro, nem se nota”, diz Friedrich. “Então, se você fizer proliferar a economia solidária, essa horizontalização das oportunidades da economia tem uma solidez sob todos os aspectos: cultural, econômico, social, político, ambiental”, completa.

Em Itaipu, o Programa Cultivando Água Boa, desenvolvido pela Itaipu e parceiros, é um exemplo de como a organização pode beneficiar comunidades até então à margem de processos produtivos. São 20 programas e 63 ações em 29 municípios da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, atingindo uma população de aproximadamente 1 milhão de habitantes. Segundo Friedrich, mais de um terço das ações do Cultivando Água Boa tem conexão com a economia solidária – como a organização dos trabalhadores da coleta seletiva, das comunidades indígenas, a produção de plantas medicinais e o estímulo ao trabalho dos pescadores da região.

“A economia solidária, dentro dessa nova agenda, produz um desenvolvimento muito mais saudável, sustentável, justo e muito mais distributivista”, reforça o diretor de Itaipu. “É por isso que a questão é socioambiental, e não só ambiental. E o sócio tem fortemente um dos seus principais pilares na economia solidária”, conclui Nelton Friedrich.

O evento deve reunir cerca de 600 pessoas, entre delegados, representantes do poder público, representantes das organizações da sociedade civil e de empreendimentos econômicos solidários.

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