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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Brasil sediará fórum que busca o fim da discriminação a muçulmanos e latinos

No fim deste mês, o Rio de Janeiro será o centro de uma série de discussões que dominam os debates na comunidade internacional. Em pauta, o tratamento discriminatório a muçulmanos e latinos nos países desenvolvidos, além da busca de um acordo de paz que encerre o impasse entre palestinos e israelenses. Trata-se do 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, que será realizado de 27 a 29 de maio, no Museu de Arte Moderna (MAM).

"A ideia é buscar a definição de metas e concretização de ideias que funcionem como prevenção à violência e a eventuais conflitos futuros", disse à Agência Brasil o coordenador do fórum, embaixador José Augusto Lidgren Alves. "Com isenção e equilíbrio, é possível concluir que as culturas desejam o mesmo – ser respeitadas. O antagonismo pode ser bom, mas é fundamental acabar com estereótipos".

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales, da Bolívia; a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton; o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Kin-moon; e o primeiro-ministro espanhol, José Luis Zapatero são algumas das autoridades esperadas para os debates. Delegações de 105 países e 15 organizações não-governamentais já confirmaram presença.

"O objetivo é definir ações concretas nos campos político e social nas áreas de juventude, educação, mídia e imigração", disse o embaixador. "A iniciativa é permanente e existe há seis anos. Mas desde 2008 ficou decidido que uma vez por ano deve haver uma reunião geral."

Em meio aos debates na Europa – França, Bélgica e Itália – a proibição dos trajes femininos muçulmanos e as queixas das comunidades latinas em vários países desenvolvidos deverão dominar as discussões. Segundo Lidgren Alves, a preocupação das autoridades é que determinadas ações isoladas levem a um conflito de grandes dimensões e de difícil controle.

"As diferenças podem se traduzir em conflitos e estes conflitos podem se tornar ainda mais intensos em decorrência de fanatismos e violência", afirmou o embaixador brasileiro. "Durante os debates, no Rio, serão discutidos projetos comuns que podem minimizar essas reações, buscando o envolvimento ainda maior dos países das Américas do Sul e Central".

(Agência Brasil)

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