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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Curso vai capacitar profissionais de saúde para atender dependentes químicos

O curso "Capacitação em prevenção à drogadição" começa dia 19, no Centro de Treinamento de Itaipu, e vai preparar profissionais das unidades de saúde e organizações não-governamentais para atender a usuários de drogas no Brasil, Paraguai e Argentina.

Promovido pelo Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT-Itaipu Saúde), o curso será dividido em cinco módulos, com aulas uma vez por mês. Os módulos versarão basicamente sobre o uso de drogas ao longo da história, os diferentes tipos e a ação no organismo do ser humano. Os modelos de prevenção e os tratamentos disponíveis nos três países também farão parte dos debates.

A primeira atividade será ministrada pela psicóloga Viviane Tinoco, do Centro de Atenção Psicossocial em Drogas, do Rio de Janeiro.

Segundo Sônia Lafoz, integrante da Comissão de Saúde Mental do GT-Itaipu Saúde, o desafio dos participantes será apresentar, ao final do curso, propostas de trabalho em rede. "A busca por intercâmbio de experiência entre os países deverá dar a tônica do treinamento", contou.

O tema ‘intoxicação’ entrou em debate no Grupo de Trabalho em virtude do aumento considerável de usuários de drogas na região de fronteira, tanto as lícitas — remédios, cigarros e álcool —, como as ilícitas — maconha, cocaína e crack. Dados das regionais de saúde indicam que, em 2009, mais de mil pessoas morreram na Região Oeste com intoxicações exógenas, ou seja, decorrentes do consumo de drogas. A ingestão exagerada de remédios corresponde a cerca de 50% do total de casos, enquanto 12% são pelo uso de ilícitas.

Outra preocupação, de acordo com o coordenador do GT-Itaipu Saúde, Joel de Lima, é a violência gerada a partir do uso de entorpecentes. Dados do Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros mostram que as regiões de fronteira são consideradas as mais violentas. Na maioria das cidades, as mortes violentas têm relação direta com o uso de drogas.

Para Lima, esta capacitação é importante porque ao especializar os técnicos no suporte psicológico ao paciente e às suas famílias, será possível reduzir o número de mortes e diminuir a violência. (AI Itaipu)
Gazeta do Iguaçu

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